A Grande Comissão não é apenas uma ordem, mas um chamado fundamentado na autoridade de Cristo, no poder do Espírito e em Sua presença constante. Esses elementos sustentam a missão universal da igreja de levar o Evangelho a todas as nações.
A autoridade e poder de Jesus
O fundamento da declaração de Jesus
Analisando o texto da grande Comissão de Mateus 28.18-20, verificamos a afirmação básica: “Toda a autoridade me foi dada” (Mt 28.18) Tanto a exortação: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19), quanto o resultado: “E eis que estou convosco” (Mt 28.20), estão ligadas à afirmação da autoridade de Jesus. Cristo assume uma autoridade cósmica, universal que é de direito, a extensão é ilimitada, não se restringe por jurisdição ou restrições. Ele recebera toda autoridade nos reinos espiritual e material. Foi sobre esse fundamento que Jesus comissionou seus discípulos.
O propósito da declaração de Jesus
A autoridade de Cristo afirmou o propósito missionário naqueles discípulos e consequentemente à toda sua igreja. Jerram Barrs, afirma a respeito da autoridade de Jesus que “Ele governa o mundo invisível. Ele triunfa sobre demônios. Ele derrota deuses falsos das nações e quebra o poder deles de maneira que seus discípulos podem sair para o mundo confiantes”. Jesus estava lhes assegurando que reinaria sobre as potestades celestiais em favor deles.
A autorização da declaração de Jesus
A igreja está não somente ordenada, mas autorizada a pregar o evangelho em nome daquele que tem todo poder e autoridade. Isso Cristo diz não só para satisfazê-los quanto à autoridade que Ele tinha para comissioná-los, mas também para conduzi-los na execução de sua comissão. Como escreveu Matthew Henry: “Ide. Isso não é apenas uma ordem, como “Filho, vai trabalhar’, mas uma palavra de ânimo: Ide, e fazei este trabalho.”
A presença de Jesus
A promessa da presença de Jesus
Jesus encoraja seus discípulos, primeiro ele fala de seu poder e autoridade e agora ele faz uma promessa pessoal. Ele promete que estaria com eles todos os dias: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. (Mt 28:20b). Esse compromisso envolve mais do que mera influência, o compromisso é que Jesus está conosco, como amigo e Salvador.
As circunstâncias da presença de Jesus
A promessa da presença é incondicional, aonde quer que caminhassem, independente da dureza do percurso, a despeito de quão desafiadora fosse a situação, da receptividade das pessoas, de seus sentimentos de fraqueza, ele estaria ao lado deles, dando-lhes conforto, ânimo e força, da mesma maneira que ele tinha estado com eles nos últimos três anos
A universalidade da presença de Jesus
Se a Grande Comissão é universal, a promessa que a acompanha também é. A promessa da presença de Cristo alcança a todos quantos proclamam o evangelho. Em todo tempo, Cristo está conosco. Em épocas de avivamentos ou em tempos difíceis, quando há receptividade ou rejeição, quando há alegria ou tristeza. Ele sempre está presente! Se temos a promessa do nosso Mestre de sempre estar conosco, não devemos ser tímidos ou homens de pequena fé. Sejamos intrépidos ao anunciar a Cristo.
O poder do Espírito Santo
A ação do poder
Jesus havia ordenado previamente aos seus discípulos que esperassem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder. (At 1.8). Há uma série de termos para “poder” no Novo Testamento. Lucas empregou dynamis em Atos 1.8, pois queria expressar algo especial, pois dynamis tem um sentido exclusivo. É a palavra do poder sem fronteiras, por assim dizer. Lucas sabia muito bem que, ao escolhê-la, estava utilizando o termo que melhor representava a ação poderosa do revestimento do Espírito na vida do crente e da igreja.
O propósito do poder
O propósito pelo qual o Pai mandou o Espírito foi para que fosse possível a pregação do Evangelho a toda criatura. Jesus sabia que seus discípulos não poderiam fazer a obra de evangelização sozinhos, por isso mandou que esperassem até serem revestidos do poder do Espírito Santo (Lc 24.49), porque, desta forma, os transformaria em testemunhas eficientes. O poder do Espírito, portanto, é o segredo do sucesso da missão da igreja.
Os resultados do poder
Os discípulos deveriam ficar em Jerusalém até serem revestidos desse poder, pois não podiam começar a obra de Deus sem ele. O Espírito Santo é quem rompe as algemas do pecado e transforma os pecadores em filhos de Deus. Ronaldo Lidório afirma que a genuína presença do Espírito gera um caráter missionário na Igreja de Cristo. Uma igreja revestida do Espírito deve abrir seus olhos para os de fora, perto ou longe, nos lugares improváveis por onde Cristo gostaria que passássemos.
Conclusão
Será que essas promessas dos tempos bíblicos continuam sendo as mesmas para a igreja evangélica hoje? Com certeza, pois precisamos testemunhar. Não podemos ser testemunhas de Cristo sem a sua autoridade, presença e poder do Espírito Santo. Se devemos continuar sendo testemunhas de Cristo como a igreja do primeiro século, então, assim como eles, somos carentes do poder do Espírito Santo para que possamos executar a tarefa, e a Bíblia nos garante que Jesus Cristo não mudou, que é o mesmo “ontem, hoje e eternamente” (Hb 13.8).
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